Quando cheguei a Chapecó, na minha segunda mudança de casa mas mantendo o mesmo bairro, o Passo dos Fortes, conheci o Godofredo. Muito amigável, brincalhão e logo se tornou meu amigo. Quando saía para trabalhar, ele quase sempre me acompanhava até a parada do ônibus, esperava o mesmo chegar e depois voltava sozinho.
As vezes quem ía sozinho para a parada era eu. Saía cedo e o Godô, seu apelido, ainda estava dormindo ou estava chovendo e ele preferia ficar em casa. A parada do ônibus era perto. Apenas uns 2 minutos de caminhada.
Godô não era de falar. Mas era um exímio observador. A casa dele era a de cima e ele sabia a hora em que eu gostava de tomar um chimarrão. Era o momento de eu ligar minhas músicas preferidas.
De ouvido antenado, Godô esperava sempre as suas favoritas: música clássica. Era só começar um Mozart que o Godô vinha de mansinho e, sem pedir licença, se acomodava perto do som, fechava seus olhos e ficava ali apreciando como se uma orquestra sinfônica estivesse ali à sua frente tocando só para ele.
E eu ficava intrigado com isso. Como um ser tão novo gostava tanto de música clássica sendo que os outros estilos não o atraíam ? A resposta é: não sei. Essa afinidade um tanto inexplicável.
Ainda mais que Godô era um charmoso cachorro viralata.
Me mudei e nunca mais o vi. O bairro é o mesmo. O Passo dos Fortes !
Algumas crônicas, assuntos polêmicos e um pouco de poesia e verso. Como dizia o velho Chacrinha, "eu vim aqui pra confundir e não para explicar".
domingo, fevereiro 12, 2017
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