Um dos indicadores de progresso de uma região brasileira pode ser espelhada no futebol. É uma tese pessoal baseada em estatísticas e observações.
Vamos ao caso pelotense. Nasci nessa cidade em uma época que tinham 3 times fortes: Farroupilha, Pelotas e Brasil. Ía a muitos jogos do Brasil, no Bento Freitas, levado pelo falecido tio Elmar. Sempre fui simpático ao Brasil. Meu pai também gostava de futebol e tinha na grade do radiador da DKW um distintivo do Farroupilha. Já o meu avô, pai do meu pai, era fanático pelo Pelotas.
O Pelotas era o time da elite com uma cidade rica nessa época. Muita vida cultural e progresso. Os filhos dos donos da grana íam estudar na França e voltavam gays. Um dos motivos da fama da cidade.
A torcida do Brasil era a rafuagem. A parte pobre da população, a "negrada" , como os pelotenses se referiam aos torcedores do Brasil, os menos favorecidos, todos torciam pelo Brasil. E era, e é, uma das torcidas mais fanáticas pelo time. Os jogos sempre animados, até hoje, pela charanga da Telles, uma importante escola carnavalesca pelotense que chegou a desfilar, como convidada, na Marquês do Sapucaí.
A torcida do Farroupilha acho que ficava no meio termo. Conheci somente dois torcedores desse time: meu falecido pai e meu falecido tio Roberto, o qual foi enterrado com a bandeira do Farroupilha sob o caixão. Até então, desconhecia seu time preferido.
No tempo da cidade rica, o Pelotas era forte. A cidade entrou numa decadência generalizada e o Pelotas afundou junto. Está na divisão de acesso do campeonato gaúcho. Tem que ter um time muito ruim para estar nessa situação. O Farroupilha, praticamente, desapareceu.
E o Brasil-PE, meu time, esse segue numa curva ascendente. Está na série B do Brasileirão, é notícia na mídia brasileira e deu um tapa de luva nos burgueses da cidade.
A "negrada" tem que ser respeitada, playboys.
Algumas crônicas, assuntos polêmicos e um pouco de poesia e verso. Como dizia o velho Chacrinha, "eu vim aqui pra confundir e não para explicar".
quarta-feira, junho 06, 2018
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