Passei minha infancia, adolescencia e parte da fase adulta sem internet. Nem sei se isso foi pior ou melhor. Hoje consigo comparar e estudar os que nasceram grudados numa tela de PC e os que viveram, que nem eu, mais na rua que em casa. Confesso que mantenho o hábito da leitura do exemplar impresso de jornais, revistas e livros, principalmente os dois primeiros.
Uma coisa é certa. Surgiram milhares de intelectuais cover. Gente que opina, que "tuíta", que faz miséria, mas sente muito medo do mundo la fora. O seu mundo está na palma de sua mão, no controle do seu mouse, um mundo virtual que acaba servindo de esconderijo. Vou a todos os lugares mas não vou a lugar algum. O que a internet não ensina é o relacionamento interpessoal, a elegancia, a boa educação. Os emails são um prato cheio para o xingamento, a humilhação. Pois basta escrever, remeter e ficar em casa, escondidinho. As vezes essas coisas são feitas até anonimamente, o que é pior.
Tenho exemplos na família dos que nasceram sem e com internet e posso dizer que tem os bem e mal sucedidos nesses dois lados. Mas uma coisa que observo é que alguns bem sucedidos pós internet abandoram quase que na sua totalidade esse mundinho das opiniões mirabolantes, dos textos incompreendidos, ou melhor, nem chegaram nessa fase. Deram a cara pra bater nesse mundo e se deram bem. Aproveitaram o que a internet tem de bom, principalmente os atalhos e rapidez das informações e tiraram proveito disso.
Eu uso muito a internet. Meu trabalho me direciona pra isso mas uso muito pra me divertir. Principalmente com o besteirol que é escrito a cada milésimo de segundo.
Pra quem está lendo esse texto, pode até pensar que faço parte desse grupo. Quem sabe ? A internet está aí. Para os que tiram proveito do melhor e para os que se escondem da realidade lá fora.
Algumas crônicas, assuntos polêmicos e um pouco de poesia e verso. Como dizia o velho Chacrinha, "eu vim aqui pra confundir e não para explicar".
sábado, agosto 28, 2010
sexta-feira, agosto 27, 2010
As perdas !
Ninguém gosta de perder as coisas, os seus objetos pessoais, o ônibus na parada, a novela, o jogo decisivo, o avião e até mesmo os entes queridos, entre milhares de coisas.
Eu já perdi muitas coisas. Celular, então, foram uns quatro ou cinco. Nunca gostei de sair com as mãos ocupadas mas os primeiros celulares a gente tinha que carregar na mão ou na cintura (que era algo que eu achava ridídulo) ou numa pasta ou mochila pois tinha que estar acompanhado do carregador pois umas 2h depois, sem falar, já acabava a bateria, que também era outro trambolho.
Perdi, uma vez, minha carteira de identidade, o meu primeiro CD, da Janis Joplin, o qual tinha comprado em Buenos Aires, uma caneta Cross banhada a ouro com meu nome gravado, um livro autografado pelo Jô Soares ( O Xangô de Baker Street ), mais uns celulares, já na era do chip, e uma coisa que me deixou muito triste: a bandeira do Inter !
Comprei uns dias antes da final da Libertadores, dessa última, depois de uma árdua e difícil negociação com um vendedor numa sinaleira. Foram 15min de argumentação dos dois lados e finalmente comprei-a por 20 reais. Uma bandeira de bom tamanho que, sendo colocada numa janela, pode ser vista há umas duas quadras de distância.
Num final de semana antes do decisivo jogo, coloquei-a presa com fita crepe, na parte externa da cobertura aqui de casa. Sei que não estava firme mas aqueles dias estavam sem vento.
Quando começou a mudar o clima, antes de ontem, me lembrei de tirá-la mas não fiz. Nessa noite, depois do raio que quase atingiu minha cama, a bandeira havia me deixado, voando para lugar incerto e não sabido e que deixou uma certa tristeza nesse colorado que vos escreve.
Nossa convivência foi rápida. Nem a conheci direito mas que cumpriu a sua função de trazer uma dose de sorte ao nosso Inter e partiu para uma outra missão mas sem me dar o derradeiro adeus.
Eu já perdi muitas coisas. Celular, então, foram uns quatro ou cinco. Nunca gostei de sair com as mãos ocupadas mas os primeiros celulares a gente tinha que carregar na mão ou na cintura (que era algo que eu achava ridídulo) ou numa pasta ou mochila pois tinha que estar acompanhado do carregador pois umas 2h depois, sem falar, já acabava a bateria, que também era outro trambolho.
Perdi, uma vez, minha carteira de identidade, o meu primeiro CD, da Janis Joplin, o qual tinha comprado em Buenos Aires, uma caneta Cross banhada a ouro com meu nome gravado, um livro autografado pelo Jô Soares ( O Xangô de Baker Street ), mais uns celulares, já na era do chip, e uma coisa que me deixou muito triste: a bandeira do Inter !
Comprei uns dias antes da final da Libertadores, dessa última, depois de uma árdua e difícil negociação com um vendedor numa sinaleira. Foram 15min de argumentação dos dois lados e finalmente comprei-a por 20 reais. Uma bandeira de bom tamanho que, sendo colocada numa janela, pode ser vista há umas duas quadras de distância.
Num final de semana antes do decisivo jogo, coloquei-a presa com fita crepe, na parte externa da cobertura aqui de casa. Sei que não estava firme mas aqueles dias estavam sem vento.
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Pois é. Essa pergunta é bem pertinente. Com toda a tecnologia disponível, redes sociais, meios mais inteligentes de divulgar sua marca, cer...
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