Morei muitos anos no Bom Fim. Um bairro tradicional, muitos judeus, muitos espaços alternativos, muitos estudantes da UFRGS, muito espaço cultural e uma boemia que se foi com o passar dos anos, sendo transferida para o bairro Cidade Baixa.
Ainda assim, persiste um lugar, o Bar Ocidente, que continua com a mesma cara desde os anos 70. Cheguei a tocar nesse lugar com a minha banda nos anos 80 e foi um de nossos melhores shows. Com uma produção bastante alternativa do nosso empresário na época e hoje arquiteto, o Rogério DalMolin, fizemos uma performance que o público alternativo frequentador do local adorou. Me lembro que a chamada para o show era um grande Band-Aid em forma de banner onde ali estavam os detalhes do show. Muito boa a criação do nosso amigo Rogério. Me lembro que pessoas formadoras de opinião e profissionais de rádio foram ver aquela banda que era uma das promessas do rock gaúcho e que, anos depois, lançava seu disco pela Sony Music.
Mas o propósito dessa postagem foi um rápido passeio pelo bairro e uma parada, quase que obrigatória, na Confeitaria Maomé, dos meus amigos Antonio Harb e sua mãe Therezinha.
Como sempre, fui extremamente bem atendido, inclusive tratado pelo meu nome, em um lugar onde tive uma passagem profissional bastante gratificante e que pude por em prática vários conceitos administrativos em prol do sucesso dessa empresa. A consultoria que efetuei na época era de uma filial que ficava no Shopping Praia de Belas e ali aprendi muitas coisas, principalmente nos desafios de gerenciar uma equipe de colaboradores extremamente ecléticos entre si e com fortes personalidades desafiando constantemente meu trabalho.
O tempo passou, novas frentes foram surgindo na minha vida e hoje não deixei de dar uma passada na Maomé , na rua José Bonifácio, para dar um a braço no sempre companheiro Antonio Harb que lá estava, de bandana e uniforme, atrás do balcão atendendo junto com sua equipe. Atitude típica de quem ama seu trabalho e de quem lidera com muita maestria uma grande equipe que faz com que a Confeitaria Maomé seja uma referencia no seu segmento em nossa Porto Alegre. Lugar, privilegiadamente conquistado, ao longo de seus mais de 25 anos prestados à população da nossa cidade.
Fiquei pouco tempo sentado, numa cadeira de diretor de cinema, ali na rua, mas que me motivaram a escrever esse depoimento desse lugar que guardo sempre na minha memória com muito carinho.
A começar pelos donos que sempre transmitiram carinho a quem estava ao seu lado e retribuo da mesma maneira.
Algumas crônicas, assuntos polêmicos e um pouco de poesia e verso. Como dizia o velho Chacrinha, "eu vim aqui pra confundir e não para explicar".
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