Realmente, isso que lhes contarei agora nunca foi relatado para qualquer pessoa. Foi o dia, ou a noite, que resolvi ficar perambulando pelas ruas de Porto Alegre. Mesmo tendo um lar para dormir, resolvi ficar nas ruas para ver o que se passava.
Peguei um ônibus e fui para o centro da cidade. Em frente ao prédio da prefeitura acontecia uma cerimonial de uma igreja e por lá fiquei ouvindo o que rolava. Uma lavagem cerebral que nada tinha a ver comigo. No final, um prato de comida para cada um. Não aceitei. Me ofereceram. Nada tinha a ver comigo.
Percorri mais ruas naquela madrugada fria e me deparei com um músico tocando seu violão ao lado de um cobertor de acampamento. O cara era bom e tinha até músicas própria. Nisso chegou um outro transeunte e pediu o violão. Meu Deus ! O cara tocava muito bem e cantava como se fosse um rock star.
Já eram quase 5 da manhã quando o morador de rua colocou seu violão no "sleep bag" , se acomodou e foi dormir. Antes disso, um cidadão lhe trouxe um lanche e uma lata de cerveja.
Chorei de presenciar tanta soliedariedade humana nas ruas da cidade, perambulando sem rumo e observando o que se passava nas noites portoalegrenses.
Foi só uma parte. Mas foi uma parte importante da constituição do cidadão que sou hoje.
Algumas crônicas, assuntos polêmicos e um pouco de poesia e verso. Como dizia o velho Chacrinha, "eu vim aqui pra confundir e não para explicar".
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