quarta-feira, abril 29, 2020

Nascido em 1960 !

Que pandemia, que nada ! Nasci na época certa !

Nasci com os Beatles e os Rolling Stones. Só por esses dois fatos minha vida, vos digo, já valeu a pena.

Entrei para um colégio público, quando criança, que era um exemplo de educação construtivista com direito a merenda diariamente, a cantar o hino nacional, usar uniforme e se levantar quando uma pessoa diferente adentrasse na sala de aula.

O Brasil crescia 10% ao ano. Podíamos sair, nos anos 60, 70 e 80 nas ruas até altas horas. A polícia estava presente te garantindo a segurança.

Vivi os anos dourados do rock'n roll nos anos 80, formei minha banda de rock e participei ativamente da história do rock gaúcho nessa época.

Vi o PT crescer e desaparecer de vez não deixando saudades para ninguém.

Essa pandemia será apenas uma lembrança de um curto período no contexto da vida. Mês que vem me aposento mas não ficarei o dia todos de pijama esperando a morte chegar.

Continuarei cutucando as onças com vara curta pois a vida foi feita para ser vivida e não apenas ficá-la observando numa trincheira segura.

terça-feira, abril 28, 2020

Ainda bem que não sou famoso !

Morrer no anonimato tem suas vantagens. No máximo ter sido admirado por um grupo de amigos e pessoas próximas em virtude de atos produtivos que realizamos ao longo da vida. Isso nos da uma imunidade muito importante.

Nosso nome nunca receberá uma homenagem de um bairro, uma rua, um prédio. Isso é reservado aos famosos. Aos que estiveram na mídia ao longo da vida. Mas já refletiram sobre isso ?

Vamos aos fatos. Geralmente cabe aos vereadores essas nomeações e pseudo homenagens. É uma das tarefas que eles adoram. Se preocuparem com os problemas da cidade já estão além das suas capacidades neurológicas. Vou citar alguns exemplos de cidades onde morei, mais concentrados nos exemplos de Porto Alegre, onde conheço mais.

1, Bairro Mário Quintana (Porto Alegre).

Quem conhece a obra desse poeta gaúcho tem um orgulho imenso. Uma pessoa simples e sempre dedicada à leitura e a divulgar suas obras para as pessoas refletirem suas idéias.
E o bairro em sua homenagem é um desastre. Nada a ver com ele. Violência, bandidagem, tráfico de drogas, altos índices de insegurança e criminalidade. Dava para saber quando deram o nome ao bairro numa homenagem macabra que o que estava ao redor era uma região problemática. E deu no que deu.

Quando tu conheces uma pessoa bacana e pergunta onde ela reside e ela responde: no Mário Quintana....obviamente que tem muita gente boa que mora por lá mas o poeta não merecia ter a associação de seu nome e obra num bairro como aquele.

2. Parque Chico Mendes

Sem comentários. Fica ao lado do bairro acima citado.

3. Rua José Bonifácio

Um estadista recebeu uma homenagem que se transformou na rua de garotos de programa e muita confusão. De dia é linda, bem arborizada. A noite é um breu e muito perigoso de passar ali à pé ou mesmo de carro. Lastimável.

4. Complexo do Alemão

Esse no Rio de Janeiro mas ainda bem que ninguém sabe quem é o tal do alemão.

5. Bairro Cidade de Deus

Também no Rio de Janeiro. Já foi tema de filme e o que se vê lá, e se viu, não tem nada a ver com a bondade de quem acredita no seu ente maior. Nem merece maiores comentários.

Outro dia, citarei outros locais. E também aqueles que se transformaram em homenagens gratificantes.

quinta-feira, abril 23, 2020

A rádio da minha vida !

Não sou de ficar escutando FM´s da vida. Já escutei bem mais. Mas depois de adquirir muitos CD´s, ter acesso a canais de música, etc... deixei de escutar. Hoje resolvi ver o que estava rolando numa FM. E liguei na Atlântida de Chapecó que é a mesma de Porto Alegre. É a única que tem uma afinidade comigo das que existem na cidade. As demais são de música gospel e sertaneja. Agora mesmo está tocando um Rush. Já tocou que The Cult e outras bandas de rock que curto. Mas quando veio o comercial, veio a chamada "Atlântida, a rádio da sua vida". Muito ousado pelos meus conhecimentos de propaganda. Para ser a rádio da minha vida, ou só conheço esta ou nunca ouvi FM alguma por aí. E também não sei o que rola nos outros horários para saber se eu iria curtir. Não tiro os méritos da rádio. O que ouvi, eu gostei. Fica o registro. E vos digo: não existe FM que seja representante da minha vida. Ousada a chamada.

sábado, abril 11, 2020

Sobre o Rock'n Rio !

Esses dias, no Facebook, uma oferta gratuita de um e-book onde a organização do Rock'n Rio explanava como se fazia um festival de sucesso.
E com muitas pessoas em casa sem ter o que fazer, veio uma enxurrada de críticas ao evento. A maioria afirmando que deixou de ser um festival de rock. Que, aliás, só o primeiro, segundo a maioria, foi mesmo de rock. Nas versões posteriores até Pablo Vittar apareceu no palco.

Vos digo que eu estava no primeiro Rock'n Rio de 1985 e estava excelente. Fui em 2 dias. Mas, mesmo assim, tivemos axé no meio dos rockeiros e bluseiros.

O material sobre como se organiza um festival é muito legal. Vale a pena ler, apesar de termos uma realidade um pouco diferente quando se liga com a prática. Como músico, participei de alguns festivais menores e a coisa é bem desorganizada. No início, o Rock'n Rio teve suas falhas mas foram corrigidas ao longo do tempo, principalmente com a parte da logística que acontece no lado de fora cuja responsabilidade também faz parte de quem organiza lá dentro.

Mas a grande controvérsia é que o festival nunca foi de rock, apesar do nome, e de su primeira edição.

O Lollapalooza dá de 10 em termos de festival de rock. Estava em São Paulo ano passado, tentei ir mas um temporal fora dos padrões aconteceu no dia em que eu poderia ir e acabei não indo.

Outros festivais como o Planeta Atlântida, não levam a palavra rock em seu nome. E digo que aquilo começou bem no início e depois descambou para uma fauna musical com músicos da pior espécie e outros em extinção.

O mesmo caminho que o Rock'n Rio.

Para consertar isso, é só inventar um outro nome e deixar de associar o bom rock'n roll a coisas musicais intragáveis que vemos por aí.


quarta-feira, abril 01, 2020

Mais falidos que falecidos !


Essa pandemia está nos ensinando a não enfrentar quem deveríamos. Concordo que o inimigo é invisível e, mesmo em quarentena, dizima mais de 800 pessoas diariamente na Itália. Confinamento é a solução ? Acho que não. Assim como aprendemos a ter certos cuidados com o perigo da AIDS que matou milhões de pessoas, a usar preservativos, a escolher com quem teremos sexo, bem ou mal a doença foi controlada e até hoje não tem cura. Só não podemos é nos trancar em casa e sim aprender um novo meio de convivência.
O Brasil não pode parar e sim se adaptar as novas regras de convívio. Se continuarmos desse jeito, com o comércio e tudo mais sem funcionar , teremos mais falidos que falecidos.

O contracheque de 2011

                      Encontrei um contracheque de 2011 quando eu trabalhava na prefeitura de Porto Alegre, mais especificamente no DMAE. Eu...