As perdas !

Ninguém gosta de perder as coisas, os seus objetos pessoais, o ônibus na parada, a novela, o jogo decisivo, o avião e até mesmo os entes queridos, entre milhares de coisas.

Eu já perdi muitas coisas. Celular, então, foram uns quatro ou cinco. Nunca gostei de sair com as mãos ocupadas mas os primeiros celulares a gente tinha que carregar na mão ou na cintura (que era algo que eu achava ridídulo) ou numa pasta ou mochila pois tinha que estar acompanhado do carregador pois umas 2h depois, sem falar, já acabava a bateria, que também era outro trambolho.

Perdi, uma vez, minha carteira de identidade, o meu primeiro CD, da Janis Joplin, o qual tinha comprado em Buenos Aires, uma caneta Cross banhada a ouro com meu nome gravado, um livro autografado pelo Jô Soares ( O Xangô de Baker Street ), mais uns celulares, já na era do chip, e uma coisa que me deixou muito triste: a bandeira do Inter !

Comprei uns dias antes da final da Libertadores, dessa última, depois de uma árdua e difícil negociação com um vendedor numa sinaleira. Foram 15min de argumentação dos dois lados e finalmente comprei-a por 20 reais. Uma bandeira de bom tamanho que, sendo colocada numa janela, pode ser vista há umas duas quadras de distância.

Num final de semana antes do decisivo jogo, coloquei-a presa com fita crepe, na parte externa da cobertura aqui de casa. Sei que não estava firme mas aqueles dias estavam sem vento.

Quando começou a mudar o clima, antes de ontem, me lembrei de tirá-la mas não fiz. Nessa noite, depois do raio que quase atingiu minha cama, a bandeira havia me deixado, voando para lugar incerto e não sabido e que deixou uma certa tristeza nesse colorado que vos escreve.

Nossa convivência foi rápida. Nem a conheci direito mas que cumpriu a sua função de trazer uma dose de sorte ao nosso Inter e partiu para uma outra missão mas sem me dar o derradeiro adeus.

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