Em que Planeta estou hoje ?

1995. Primeiro Planeta Atlântida na SABA, praia de Atlântida no RS. Praia dos ricos e ostentações monetárias onde muitos moram em apartamentos modestos na capital dos gaúchos mas ostentam uma casa cinematográfica ou quase isso no nosso litoral. Ali dá o parecer que a palavra CRISE não faz parte do vocabulário daquele pessoal.
Mas voltando ao festival em si, criou-se um clima temático à la Mad Max. Eu e meu amigo Leo Sassen tínhamos montado um Bloco de Carnaval chamado Bloco dos Fantasmas no ano anterior e, na sequencia, um bar com o mesmo nome.

Passou pela praia um pessoal da RBS convidando todos que tinham um bar para um grande evento musical, quase inédito por nossos pagos. O preço era extremamente convidativo com direito a participar de duas noites no festival que começava às 16h e ía até o amanhecer de uma sexta e um sábado. Muitas atrações locais e nacionais confirmadas: Elba Ramalho, Gilberto Gil, Zeca Baleiro, Mamonas Assassinas, Paralamas do Sucesso, entre outros além de algumas bandas de rock locais.

Mas todos os comerciantes conversavam entre si e tinham uma certa dúvida se valeria o investimento pois não se sabia a reação do público pois os ingressos não eram tão populares mas tinham o patrocínio de um grande conglomerado, a RBS, a qual tinha a rádio Atlântida como a que se identificava mais com os jovens. O problema disso tudo é que a rádio mais rock´n roll da cidade e escutada em todo o RS se chamava Ipanema, disparada na audiência. Era uma aposta, como todo o investimento.

Quem apostou se deu muito bem. O primeiro Planeta Atlântida foi um sucesso. Participei nesse e nos outros 2 seguintes como fornecedor de placas de sinalização e nos outros 3 subsequentes como público.

Me lembro que, na época, minha empresa de sinalização fez uma camiseta para o evento para distribuir para os clientes que fossem ao festival que dizia o seguinte: na parte da frente SINALIZAMOS ATÉ EM OUTROS PLANETAS. Na parte de trás, PLANETA ATLÂNTIDA E SIGN EXPRESS JUNTAS NESSE GRANDE FESTIVAL. PRAIA DE ATLÂNTIDA , 1995.

Aqueles tempos ficaram na minha memória. Se fosse nesse último, seria um peixe fora d´água pelo desconhecimento dos grupos que se apresentaram sendo uns poucos que me identifico. Por outro lado, seria uma grande oportunidade de rever meus bons tempos de guri e passar muitas horas de pleno divertimento e, também , para me reciclar com os sons que a gurizada anda curtindo. Se bem que sou fã do Thiago Alok. Nem estou tão velho para os meus 56 anos.

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