Festival de Águas Claras SP

Assisti hoje, no Netflix, um documentário sobre o que aconteceu nos 4 festivais de música em Águas Claras, SP, e sobre a maluquice de quem inventou.

Escrevo maluquice em função de ter sido um festival criado sem as mídias e recursos atuais. O que mais se consegui para se fazer um festival à la Woodstock eram com cartazes colados na calada da noite nas paredes disponíveis das cidades e no boca-a-boca, além do telefone.

Estou me referindo aos anos 70,80 onde ainda vivíamos sob o regime militar.

Foi uma ousadia e tanto. Muita maconha, LSD, gente andando pelada na fazenda onde se realizaram os 4 festivais e por aí vai.

Grandes nomes passaram por lá: Morais Moreira, Valter Franco, Gilberto Gil, Hermeto Paschoal, Egberto Gismonti e muitos outros.

Mas, vendo o documentário, não acreditei que João Gilberto, tendo seus TOC´s apuradíssimos e sua maneira de grandeza, pudesse estar lá em meio aquela cambada de malucos. E estava.

Não se fazem mais fesgtivais como esse. Minha pergunta é: com toda aquela repressão do regime militar se faziam 3 noites de sexo, drogas e rock´n roll, hoje, com toda a liberdade, ficamos nas mãos dos pasteurizados festivais de música mas nada que cheguem aos pés dessa liberdade para ouvir uma boa música.

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