D. Pedro I, O Sapo Comunista e os Generais

 Nasci em 1960 e, em Porto Alegre, morava em frente a faculdade de arquitetura, na Av Osvaldo Aranha, bem em frente onde ocorriam as manifestações contra o regime militar.

Cabe salientar um parênteses sob meu ponto de vista. O pai que não cuida de um filho, dando-lhe educação, estudo em boas escolas, impor horários e disciplina, saber quem são seus amigos e os lugares que frequenta, seu modo de vestir, entre tantas coisas , está fadado a criar um rebelde, um marginal dentro da sua própria casa.

O regime militar foi assim, ao meu ver. Caso contrário, os comunistas tomariam conta e desconheço um país comunista que tenha dado certo pois entra o aspecto da tirania. Mas isso é um assunto para outra postagem mais adiante.

Eu fiz o ensino fundamental numa escola pública chamada Grupo Escolar Argentina, entre 1967 e 1970. Tínhamos uniforme, igual em todos os grupos escolares da nossa cidade, e quem chegasse na escola sem uniforme era convidado a voltar para casa. Tínhamos merenda todos os dias, aulas de música, ótimos professores, cantávamos os hinos do Brasil e da Argentina com hasteamento da bandeira e, em algumas ocasiões, quando recebíamos todos os anos o cônsul da Argentina pois tínhamos o apoio daquele país.

Quando entrava alguém na sala de aula, diferente do contexto, todos se levantavam, numa demonstração de educação e respeito. Várias escolas públicas eram exemplos de ótimos colégios e, praticamente, se descartava a prática de reforço de um curso pré-vestibular pois uma grande maioria passava na UFRGS.

Participei de alguns desfiles no 7 de setembro, com minha bicicleta com papel crepom verde e amarelo que se entrelaçavam nos aros da mesma. E aquilo para mim era o máximo. Parecido com que ocorreu em Brasília na comemoração dos 200 anos da independencia brasileira.

Aliás, o colégio Argentina ficava na Av Independencia, em Porto Alegre, como já havia escrito.

Abro um parênteses sobre a participação de D.Pedro I no Brasil e do seu grito de independecia. Segundo o jornalista e historiador Laurentino Gomes, no seu livro 1822, muita coisa contada nos livros tradicionais não são verdadeiras ou foram feitas de uma outra maneira. Por exemplo, aquela famosa pintura às margens do Ipiranga foi um verdadeiro devaneio do pintor. D.Pedro estava num jegue branco, roupas casuais e quase se cagando na calças pois tinha sérios problemas intestinais. Vale a pena ler esse livro.

Voltando ao regime militar, eis que surge o chamado Sapo comunista que, mais adiante se tornaria presidente desastroso do Brasil. Nas primeiras eleições, pós militares, venceu o Collor que acabaram chutando do Planalto e assim vieram outros que jogaram pro espaço a educação no Brasil. Não se tinha mais merenda, a gurizada ía pra aula sem camisa e com as cuecas aparecendo, consumo de drogas no entrono das escolas e nas próprias salas de aula, esses grupos escolares em Porto Alegre, praticamente desapareceram e assim vai.

Na época de escola, eu sabia o nome de todos os ministros, pois eram pouco e ficavam do início ao fim dos mandatos dos generais. Hoje eu acho que a Dilma nem saberia o nome dos 29 ministros da sua pasta.

O Brasil, nos anos 70 crescia numa média de 10% ao ano. Se chegar a 2% nos dias de hoje é motivo de foguetório.

Por isso, afirmo: ditadura militar, não. Regime militar , sim.

Que saudades daqueles tempos ! 

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